Como acompanhar a evolução nos estudos

Boa tarde, pessoal! Resolvi fazer esse post porque são frequentes os relatos de pessoas que sentem que não estão saindo do lugar nos estudos, que têm medo de prestar prova e fazer questões, dentre outros problemas. Quero mostrar porque e como devemos acompanhar a nossa evolução nos estudos, e para isso não precisamos necessariamente ter um coach ou prestar concursos todo mês. Ao final do post, darei algumas dicas para quem, ainda assim, acha que está patinando nas matérias. Vamos lá!

Como saber se estou evoluindo?

A solução mais “óbvia” para essa pergunta, seria prestar provas e ver se nosso desempenho está melhorando. O problema é que não tem concurso com tanta frequência assim e, mesmo se tivesse, provavelmente poucos teriam condições de prestar todos. Então fica difícil acompanhar o nosso desempenho com uma boa frequência, só comparando as notas entre os concursos. Além disso, pode ser que no meio tempo esperando para que o concurso de interesse saia, você preste “concursos intermediários”, de nível diferente ou foco diferente para aquele você vem estudando. Nesses casos, chega a ser provável que seu desempenho caia, pois você pode se deparar com matérias diferentes às quais está acostumado, com outros candidatos que estudam com foco para aquele concurso, diferentemente de você. Podemos ter uma certa flutuação das notas que não dá para mensurar direito, levando em conta a diversidade de disciplinas, de estilo de bancas, de estilo de prova, de nível de profundidade, entre outros fatores. Ainda assim, eu sou da opinião que esses concursos são uma ótima oportunidade de treino, pois você aprende a fazer prova: controlando a ansiedade e o tempo de resolução das questões. Enfim, quando usarmos desempenho em provas para avaliar a evolução dos nossos estudos, devemos levar em conta todos esses fatores.

Na ausência de concursos abertos, sempre há a alternativa de fazer simulados em casa. Alguns sites permitem que você monte seus próprios simulados (Qconcursos e outros sites de questões, por exemplo), ou você pode selecionar as questões e fazer um “copia e cola” no Word, bem simples, com gabarito. É importante simular as condições normais de prova, contando o tempo, sem interrupções para outros afazeres, número de questões, peso e dificuldade das questões, pausa para lanche e banheiro, etc. O problema nesse caso é que você pode acabar selecionando para os simulados questões que já resolveu. Ou, pior ainda, provas cujas questões você já sabe de trás pra frente (caso seu simulado seja uma prova antiga). Tudo isso pode trazer a ilusão de aumento de desempenho, então tenham cuidado! A alternativa dos simulados é muito importante para as pessoas que ainda têm dificuldade em manejar o tempo de prova, pois permite que você faça vários testes e melhore nesse aspecto. Eu, sinceramente, fiz pouquíssimos simulados em casa, mas porque sempre fiz provas rápido, então não sentia a necessidade de treinar isso. Quando eu montei simulados, meu ganho era mais criando e justificando questões.

A opção que mais gosto para controle de desempenho, é avaliar sua evolução na resolução de questões. Aí entra a importância de se fazer muitas questões de prova, de fazer revisões e, principalmente, de manter um controle sobre isso. Lá na seção “Planejamento de estudos” do meu site, aba Materiais, tem um tutorial para que você monte uma tabela de controle de questões, para analisar seus erros e acertos. Sempre recomendo que as pessoas estudem o básico de Excel, para adaptar a tabela às suas necessidades. No coaching, eu uso essa mesma tabela mas com várias colunas para as revisões, em vez de usar várias linhas, assim consigo ver mais facilmente a evolução no tópico ao longo das semanas. Essa tabela é só um exemplo do que pode ser feito para ter esse controle; tenho certeza que há aplicativos que façam isso para você (embora eu não saiba citar, o Google deve saber rsrsrs), e você também pode imprimir tabelas (tem alguns modelos no mesmo link do planejamento de estudos), ou fazer tudo à mão, em um caderno ou agenda. O importante é ter um controle fácil e acessível desses dados! Registre seus erros e acertos, separando por data ou por revisão, para ter a noção da evolução temporal em cada tópico ou disciplina. Isso significa que não necessariamente você precisa prestar provas para saber se está evoluindo nos estudos!

Por que fazer esse acompanhamento?

Porque ninguém começa nos 90% de desempenho. E sem fazer provas ou resolver questões, você não tem noção do quão perto está ficando do que precisa para passar. É normal acertar menos de 60% de uma prova e surtar, achar que não vai passar nunca. Mas não é normal ficar se lamentando sobre esse resultado, e não fazer nada para mudar seus métodos de estudo, para acertar o que deu errado da última vez. A única maneira de ver se essas alterações estão funcionando é ter algum tipo de controle sobre o seu desempenho ao longo do tempo.

Não basta estudar a matéria, você precisa estudar sua evolução! E esse acompanhamento deve ser constante, você precisa sempre analisar sua planilha (ou qualquer método que tenha escolhido) para ver o que está funcionando, o que ainda precisa melhorar. Sempre que alguém me pergunta sobre “método x de estudo”, eu aconselho: mude e acompanhe o desempenho, para ver se está funcionando. Se não estiver, troque de método de estudo ou de material. Normalmente, se o desempenho continua baixo ao longo de várias revisões, é porque a matéria não foi bem estudada da primeira vez, ou o material de estudo não tem boa qualidade. E o controle de desempenho vai te ajudar a avaliar todos esses pontos!

Galera, vou ficando por aqui hoje. Espero que tenham gostado!

Abraços